Convite à contribuição aos membros da AMP
Caros membros da AMP, convidamos vocês a apresentarem o caso clínico que os mobiliza, para esclarecer, desdobrar, ilustrar o tema do próximo congresso.
Esses casos serão apresentados e discutidos durante a jornada clínica do congresso, que acontecerá em salas simultâneas na quinta-feira, 30 de abril, e na sexta-feira, 1º de maio de 2026. As sessões serão realizadas por videoconferência, com tradução em tempo real feita por profissionais.
Os textos selecionados privilegiarão a singularidade do caso. Tornarão legível a orientação da cura e as intervenções do analista. A articulação original com o tema deverá ser precisa e claramente destacada. Os trabalhos poderão, é claro, apoiar-se em uma citação ou em uma referência teórica, sem, no entanto, recobrir as arestas do caso.
Para identificar e estruturar diferentes maneiras de abordar o tema, o Executive Board estabeleceu 5 eixos que ajudarão vocês a direcionar uma perspectiva.
A seleção dos trabalhos será realizada por oito cartéis de leitura, compostos por membros das sete Escolas e refletindo sua diversidade. Em seguida, uma comissão reunirá as recomendações dos cartéis e harmonizará o conjunto.
No final de janeiro, o programa será definido e finalizado, pronto para nos surpreender e nos ensinar. As diretrizes e os eixos desenvolvidos pelo Executive Board constituem referências preciosas para inspirar e apoiar o seu trabalho.
Você poderá aprofundar e enriquecer sua reflexão no site do congresso: eixos, argumentos, textos de orientação, contribuições, bibliografia.
Você pode encontrá-los no site do congresso.
Afiem suas ideias e seus lápis desde já. Estamos ansiosos para ler suas contribuições. Vocês saberão fazer vibrar esse tema de uma inesgotável atualidade.
Ricardo Seldes, Diretor do XV Congresso
Pascale Fari & Adolfo Ruiz, responsáveis pelos cartéis de leitura
Na expectativa de ler vocês!
Envio dos textos
Contribuições individuais para a Jornada Clínica
O que há: indícios do não-há na prática analítica
- Há o Um: o Um sozinho, gozo autoerótico
- Há os semblantes: o que se chama um homem e uma mulher
- Há o sintoma: como resposta singular ao impossível da relação
- Há a castração: a dimensão da lalíngua, palavras recolhidas na experiência analítica
- Há as pulsões: circuito de gozo que não aponta ao outro
- Há a transferência: ficção operativa que aponta ao inconsciente, o não sabido
Eixos sugeridos:
Eixo 1 – Manifestações contemporâneas do não-há
Formas atuais de resposta, suplências, sintomas do não-há
- Amores virtuais, gozos reais
- No-sex, renúncias sexuais
- O véu. Diferença entre secreto e íntimo
- Devastação, sacrifício
- Acting out, vergonha
- Conversações infinitas sem encontro sexual
- Paixões modernas
Eixo 2 – O amor como suplência frente ao não-há
Soluções, impasses e formações substitutivas
- O amor como suplência estrutural
- A cultura como suplência
- A transferência analítica
- Palavras de amor contemporâneas
- Serial lovers, o amor impossível
Eixo 3 – A clínica freudiana sob o prisma do não-há
Releitura dos casos à luz da inexistência da relação sexual
- Dora e a masturbação: a irrupção do gozo fora da cena amorosa.
- O Pequeno Hans e o Fazpipi: o impasse da função fálica na relação com a mãe.
- O Homem dos ratos: o gozo escatológico e a figura da mulher degradada.
- O Homem dos lobos: erotismo anal como suplência do impossível da cena.
- O Presidente Schreber: feminização como suplência delirante ao empuxo ao gozo Outro.
Eixo 4 – Derivas contemporâneas do corpo e a sexualidade
Clínica dos gozos, dos fetichismos e dos corpos contemporâneos.
- Eróticas mortíferas
- Sou o que digo
- Dessexualização, obscenidade
- Ascetismo, pornografia
Eixo 5: Sexuação
O jogo das posições sexuais
- Variações modernas sobre a exceção feminina
- A reinvenção das masculinidades